Chopin Imortal: Arthur Rubinstein toca "Polonaise" (Heróica)

Fréderic Chopin, jovem, pintado por Hayez

O IMORTAL CHOPIN

Lembro-me de ter visto há muitos anos um filme que se chamava Song To Remember (seria em português "Chopin Imortal"?)

Era um filme de Charles Vidor (1945), uma história romanceada que falava da vida de Frédéric Chopin.

Os actores eram Cornel Wilde, um Chopin evidentemente muito romântico, e a bela Merle Oberon, que era a escritora Aurore Dupin que nós conhecemos melhor pelo pseudónimo de George Sand...

Devo-o ter visto no velho "Cine Parque" da minha terra, suponho que numa noite de Verão...

Ou talvez, de Inverno, no velho "Cine-Teatro", com os seus camarotes forrados a veludo vermelho, e o céu azul cheio de querubins voando à volta de uma deusa que deveria ser Euterpe, a deusa da Música...

Com certeza chorei com a história! Costumava chorar com todos os dramas. Por isso é que preferia os filmes de aventuras, de índios e cowboys, piratas ou mesmo filmes de guerra, que me divertiam.

A história era triste: Chopin chega a Paris, expulso da Polónia por não ter querido a tocar para o governador Czarista.

casa de Chopin, em Zelazowa, na PolóniaChopin, o patriota polaco, apaixona-se por George Sand.

Depois, estando ele muito doente já, viajam para Maiorca, à procura de algum alívio para o mal...

Mas piora, porque aquele clima húmido causa o agravamento da tuberculose. E vêm as hemoptises, os lenços finos maculados de sangue que me impressionavam, como é natural.

Chopin morre...

Mas Chopin é imortal!

Aqui o deixo, para o recordarmos, com algumas imagens do filme...

... e o magnífico Arthur Rubinstein tocando “La Polonaise”, que era, se me não engano, a música de fundo do filme!