sábado, 20 de julho de 2013

Recordando o cantor Marvin Gaye





MARVIN GAYE

Marvin Gaye nasceu em Washington em 2 de Abril de 1939 e morreu em Los Angeles, em 1 de Abril de 1984. Assassinado.

Pior... assassinado pelo pai, o reverendo Marvin Gay Sr. que, sob o efeito do álcool misturado com Valium, num acesso de fúria, dispara-lhe no peito a Smith and Wesson que o filho lhe oferecera 3 meses antes.

Marvin morre no hospital.

 Desequilibrado decerto, o pai era um violento e abusivo que costumava castigar os filhos, miúdos,  com um o chicote. Antes, porém, aterrorizava-os, a estalar o chicote na sala ao lado... 
Contava Marvin que o ruído lhe fazia tanto medo que quase desejava que o chicote começasse a cair-lhe nas costas pois a expectativa era demasiado dolorosa.

De drogas também ele, Marvin, usou e abusou. A fama chegou cedo, mas, aos 40 anos, Marvin Gaye estava acabado.



 Vivia convencido de que ia ser morto, vivia em sobressalto constante. 

Pouco antes da morte, tentara suicidar-se deitando-se do carro numa autoestrada, ficando ferido e cheio de nódoas negras mas vivo. 

Há quem defenda que a sua morte foi um suicídio por intermédio do pai. Sabia que se lhe desse uma arma e depois o provocasse, ele o mataria, como ameaçara várias vezes fazer.

Várias biografias  saíram ao longo destes anos, como: “Marvin Gaye l’ange de la soul”, de  Michael Eric Dyson (1985), “Marvin Gaye – The untold Chapter”, por Deborah Anderson (1990);



Ou “Divided Soul”, por David Ritz, em 2009. 


Deborah Y. Anderson 

Ou, ainda, o livro "Trouble man", de Steve Turner.

(in Le Nouvel Observateur, artigo de Fabrice Pliskin).


A sua carreira foi fulgurante. Cantou com Diana Ross, gravou com ela na Motown.

Cantor de soul e de R and B (a saber, Rythm and Blues), tocador de vários instrumentos, compositor de belas canções românticas é igualmente produtor. Dizia que o seu sonho seria cantar o mais próximo possível da maneira de cantar de Nat King Cole.




Começa  a gravar na conhecida casa de Discos de Detroit, a Motown, em 1961 mas continua ligado à gravadora pelos anos 60 e 70. A sua carreira foi fulgurante. 

Cantou com Stevie Wonder e Diana Ross, gravou com eles na Motown.




Canta em dueto com Mary Wells e Kim Weston  mas é  com Tammi Terrell que o entendimento é mais perfeito e a dupla é apreciada.











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Mary Wells


Gravam o LP “United” em 1967. Ficam famosas as canções como “Your Precious Love” ou “Ain’t no Mountain High Enough". 

Entendiam-se perfeitamente, talvez houvesse algum sentimento amoroso entre os dois. Mas Tammi, em 1967, cai-lhe nos braços, desmaiada: era o primeiro sintoma de um tumor no cérebro. 
Tammi Terrel

 E Tammi morre em 1970, aos 24 anos.
Marvin tem um desgosto enorme, fica completamente desorientado, ao ponto de, no enterro de Tammi, falar com ela como se estivesse viva e esperasse uma resposta dela.

Isola-se durante quase dois anos, pensa mesmo em abandonar a carreira, pensa até em entrar no Detroit Lions Club de futebol, como jogador.

Penso que era um ser frágil que não aguentou a pressão, mas isso é o mais fácil de dizer...
Ouçamos a sua voz...


(PCP foi uma droga sintética criada nos anos 60 com a função de anestesiante, foi mais tarde usado como droga de rua, em substituição do LSD. É um alucinogénio potente. Muitos artistas no final dos anos 60, e nos anos 70, abusaram desta droga a que chamavam “Peace pill" (pílula da paz)...)



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1 comentário:

  1. Estive a ouvir um bocadinho. Lembra-me um pouco os Bee Gees.
    É uma tristeza que tantas vidas e vidas de talento se percam por causa da droga.

    Um beijinho e bom domingo!

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