segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

domingo, 29 de dezembro de 2013

TOKUSHIMA, A BELA ADORMECIDA






Vi no jornal Le Monde um artigo sobre uma cidade do Japão, Tokushima, onde se realiza um festival de dança em Agosto. O resto do ano, Tokushima está fora de tudo...

Tokushima, situada na ilha Shikoku, é como a bela adormecida da lenda.

dançarina de Kibuki

Verde, linda, tranquila, rodeada de água zul, dorme.


Situada na parte norte da ilha de Shihoku, a cidade permanece isolada, fora dos circuitos de turistas.


A bela acorda uma vez por ano, em Agosto, na festa da Dança dos Kimonos, durante o Festival de Awa odori.



Inicialmente existia a festa Bon Odori, festa dos mortos,  que, segundo a religião budista, se dedicava a honrar os espíritos dos antepassados. 

Tokushima

Desde 1185 que a festa deve existir. 


Tornou-se popular por volta de 1586.


Em Tokushima festeja-se desde o período Edo, quando o daimyo Hasichuka Lemase foi o senhor da terra. É uma festa da Prefeitura.

pintura de J.W. Silver

Hachisuka Iemase


a "dança do Kimono"


Ironicamente, o Presidente da Câmara da terrinha, diz hoje: 


Aqui o ano divide-se em dois tempos, o Festival e os outros 361 dias”.

Como se deve estar bem em Tokushima, pensei...


Awa Odori Tokushima City (2013 )


sábado, 28 de dezembro de 2013

NATAL E LIVROS...




Como eu pensava, algumas das prendas de Natal oferecidas (e recebidas) foram livros...

Ler, reler ajuda a viver – é o slogan que inventei para meu próprio uso e que aconselho a todos.


Redescobri o gosto pelos velhos romances ingleses, nunca esquecidos na verdade. Assim, voltei a George Eliot e a "Middlemarch" -que a minha amiga Isabel me ofereceu.
E  Jane Austen, velha amiga de tantos anos de leitura, que vou reencontrar na leitura de tantos escritores que leram e falaram dela.



E às irmãs Bronte, de Charlotte a Emily, lembrando a mais novinha, Anne, menos conhecida das três, com a sua personagem feminina: "Agnes Grey". 








Reler Karen Blixen, também... e a obra-prima "Sombras no Capim".



Decidi ler o livro que ainda não li de Banana Yoshimoto "N.P."




Claro que o género policial não faltou: Boris Akunine e o seu "Caçador de Libélulas"... 

 Continuação das boas festas... Vem aí um novo ano!

Bons dias de festas! Billie Holiday With Count Basie & His Orchestra - They Can't Take That A...



sábado, 21 de dezembro de 2013

Bom Natal em maneira de Jazz, com Diana Krall - Christmas Songs








O sorriso dos etruscos...neste momento de Natal!



Tanto que nos podiam ensinar os Etruscos! Os etruscos apreciavam a vida, tinham a alegria em viver! Conheciam a arte de apreciar cada momento. Cantar, dançar, tocar instrumentos musicais, viver bem... eles gostavam. E os túmulos revelam todas essas facetas de um mundo perdido há tantos séculos!



Inaugurou-se, no Musée Maillol de Paris, em Setembro passado, uma exposição sobre a Arte Etrusca. Vai até 7 de Fevereiro e intitula-se "Os Etruscos: um hino à vida".


Neste mês de Dezembro inaugurou-se também no Louvre-Lens (nova dependência de estilo moderníssimo e cheio de luz, do Louvre, no Norte, em Lens), uma outra intitulada "Os Etruscos e Cerveteri" que vai estar até Março.

O Museu Louvre-Lens


Em Roma, quantas vezes fomos ao Museu Villa-Giulia (o Museu de Arte Etrusca de Roma) ver o sorriso dos etruscos!




Foram um povo pacífico que parece ter sido feliz, pois todos os exemplares da sua Arte mostram uma harmonia, uma sabedoria  de viver. 



Um sorriso sempre desenhado nos lábios. Um ar de tranquilidade e de bonomia. Revelam-nos, de facto, um mundo apaziguado, onde a beleza contava, onde a arte era trabalhada com amor e perfeição, digna de ourives dos melhores tempos. 



Inúmeros os objectos,  em terracota ou bronze, em que se misturava o equilíbrio e a delicadeza; joias de ouro, bem desenhadas, de traço fino; cavalos e cavaleiros de uma elegância extraordinária. 


Gostavam de frasquinhos de perfume, de espelhos, brincos e anéis e tudo se via com cores lindas. 


dama com espelho


Gostavam de cavalos, eram bons cavaleiros, vestiam-se bem...



Esculturas douradas de cavalos de uma elegância e com um ar de orgulho fantásticos, como os Cavalos Alados, de Tarquínia. Um baixo-relevo de grande realismo e beleza.


Viveram felizes até os Romanos chegarem...



Pouco preparados para a guerra, foi fácil aos generais Romanos vencê-los. E dominá-los. Os Romanos traziam a técnica, a ordem, a prática, o pragmatismo...
E os Etruscos talvez amassem um pouco do saber-viver dos gauleses do Astérix...






A brutalidade e a incultura dos guerreiros impõe-se a este povo calmo, que amava a arte e o sossego... 


Acontece, infelizmente...

No entanto, a verdade é que um dos últimos Reis de Roma, Tarquínio o  Soberbo, foi um etrusco! E foi o terceiro dos Tarquínios etruscos...




Quem eram, afinal, e de onde terão vindo? E por onde andaram? 



Melhor será ler os links que vos deixo. E o mapa.

Cortona, na Toscana, foi uma das regiões onde deve ter existido a Etrúria. Que se alargava a Cerveteri, no Alto Lazio, de Vulci a Viterbo, de Volterra a Cortona, por toda a parte os vestígios de túmulos aparecem. 


Em toda essa região há lugares onde, ainda hoje, os tombaroli (os ladrões dos túmulos...) vão descobrindo peças que vendem aos colecionadores.


pormenor da carroça dourada


Alguns dos túmulos, abertos há dezenas de anos, voltaram a ser fechados porque se verificou que era prejudicial para aquelas maravilhas da arte o contacto com o ar livre. Essa abertura contribuiria para a sua destruição. 

Bem, sem  contar com os tais tombaroli...

A Necrópole de Cerveteri e a de Tarquínia foram classificadas de Património Mundial, pela Unesco, há uns anos.


A Exposição do Musée Maillol vai estar aberta até 9 de Fevereiro de 2014. E, em Lens, no Louvre-B, a que  abriu em Dezembro, dedicada a este povo, estará aberta até Março 2014.